Vinícola Villa Francioni: Degustação de Vinhos em São Joaquim

A cidade de São Joaquim é conhecida não só pelas maçãs, mas também pelas uvas, pois é a sede da maior vinícola de Santa Catarina, a Villa Francioni,  que pode ser visitada e é uma das principais atrações turísticas da cidade. A visita permite conhecer as instalações da empresa, onde acontece o processo de produção, e no final há uma degustação de seis diferentes tipos de vinhos. Veja neste post mais detalhes da visita, que, na minha opinião, é o passeio mais interessante de São Joaquim.

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COMO CHEGAR

A vinícola Villa Francioni está localizada no km 300 da SC-144, rodovia que liga São Joaquim a Lages, a aproximadamente 5 km do centro da cidade. Na rodovia há placas sinalizando o acesso à vinícola, onde há um grande portal de entrada mas recomendo seguir aplicativos como Waze ou Google Maps para localizá-la com mais facilidade.

COMO VISITAR A VINÍCOLA VILLA FRANCIONI

Para realizar sua visita à vinícola é necessário agendar com antecedência pelo site oficial da Villa Francioni, através do menu “reservas”. A reserva antecipada é importante para evitar que você chegue na vinícola e não encontre disponibilidade na hora, pois este é um passeio bem procurado na região. O sistema de reservas permite que você escolha o dia e o horário da sua visita, de acordo com a disponibilidade do tipo de tour que você pretende realizar.

O tour tradicional, que inclui a visita guiada pela propriedade e a degustação de 4 rótulos, acontece várias vezes ao dia e custa 40 reais. Já o tour com degustação na cave, que inclui a visita guiada e a degustação de rótulos da linha exclusiva Villa Francioni, ocorre apenas uma vez por dia e custa 100 reais por pessoa. (valores atualizados em abril de 2019)

Na minha visita eu agendei duas semanas antes da minha viagem e o horário das 15h30 já estava lotado, só consegui vaga para as 13h30. Mas foi até melhor, pois o passeio tem 1h30 de duração e assim sobrou tempo para visitar outros locais antes do anoitecer.

Recomendo tomar um café da manhã farto ou almoçar antes do tour na vinícola, pois como há uma degustação de alguns tipos de vinhos no final, muita gente reclamou que estava de estômago vazio porque ainda não tinha almoçado. Eu consegui almoçar antes da minha visita, mas tive que chegar no restaurante em São Joaquim bem cedo, antes do meio-dia, para dar tempo de comer e de me deslocar até a Villa Francioni para minha visita Às 13h30.

COMO É VISITA GUIADA NA VINÍCOLA VILLA FRANCIONI

Conforme os visitantes vão chegando, eles se acomodam no bar/recepção para aguardar o início da visita. O local também serve como loja de vendas e é ali que ocorre a degustação no final do passeio. Das janelas é possível tem uma vista panorâmica de uma grande área de plantação de uvas, que é passagem para quem entra no terreno da empresa até chegar no edifício principal.

A visita é conduzida por um técnico em enologia e começa por um grande corredor que também funciona como galeria de arte. Quando visitei havia uma exposição de uma artista local, cujas pinturas tinham a temática agrícola, principalmente do cultivo de uvas. Na entrada do corredor há duas grandes portas, uma trazida da Tailândia e outra de um cassino do Uruguai. O fundador da empresa era um amante da arte e colecionava objetos de decoração de todas as partes do mundo.

A empresa foi fundada por Dillor Freitas, que morreu em 2004, três meses após o término das obras, antes que as primeiras garrafas de vinho fossem produzidas. Ele também foi o fundador da empresa cerâmica Cecrisa, localizada no município de Criciúma (SC). O empresário era um grande amante de vinhos e, após visitar várias vinícolas pelo mundo, decidiu montar a sua própria em terras catarinenses. Atualmente a Villa Francioni é administrada por uma de suas filhas.

A vinícola possui uma outra unidade no município de Bom Retiro, que serve apenas para o cultivo de uvas, que posteriormente são levadas à sede para a produção. A empresa possui nove tipos de vinhos, sendo o “Joaquim” sua marca mais conhecida. Já foi eleita a melhor vinícola do Brasil e seus vinhos já ganharam diversos prêmios nacionais e internacionais.

O passeio prossegue por um grande corredor com vista panorâmica para as plantações de uva. Na parede há fotos da construção da vinícola e o guia conta detalhes da construção e da história inicial da empresa. Em seguida, os visitantes são levados a um pequeno auditório onde é exibida uma projeção de 7 minutos sobre a empresa.

Essa etapa da visita eu achei desnecessária, pois o vídeo parece um grande comercial que exalta as qualidades da empresa, através de fotos bonitas e mensagens marcantes, com fundo musical e sem narração. O espaço era pequeno para tantas pessoas e muitos acabaram ficando de pé. Ao final da projeção, persianas automatizadas levantam na parte da frente da sala e em uma das laterais, revelando janelas que a separam dos setores de produção de vinho.

As etapas do processo de produção estão em níveis diferentes, como se fossem uma escada. A parte inicial está na parte mais alta e as posteriores em partes mais baixas. Tudo isso foi planejado de maneira que a produção obedeça a força da gravidade, para que os líquidos escorram para os tanques de forma natural através de tubulações específicas, com o mínimo contato humano possível, para preservar a qualidade dos vinhos. Além de nos mostrar os tanques, o guia também nos apresentou a máquina engarrafadora importada, que custou mais de 1 milhão de reais. Mas não havia atividade naquele dia, por isso ela estava desligada.

Após a fermentação que ocorre em grandes tanques, os vinhos tinto são estocados em barris de carvalho e levados para um ambiente escuro no nível mais baixo da produção, onde podem permanecer por meses ou até anos, dependendo do produto. A adega onde os barris estão armazenados também é visitada, mas não mostro nenhuma foto aqui porque nesta parte não é permitido utilizar o flash e por isso as fotos ficaram ruins.

Depois de visitar adega, os visitantes precisam voltar ao bar onde a visita teve início. Pode-se voltar pelo caminho já percorrido, subindo vários lances de escada, ou então utilizar um elevador panorâmico que chega rapidamente ao nível superior.

A última etapa da visita é a degustação de vinhos. Há várias mesas no bar para acomodar os visitantes, mas havia tanta gente no horário que eu fui, que muitos tiveram que ficar de pé. São oferecidos diferentes tipos de vinho: branco, tintos e espumante. Na primeira degustação, as taças são enchidas no bar. Porém depois, nas cinco degustações seguintes, as taças são enchidas uma a uma, por apenas dois garçons, e isso faz o processo demorar um pouco.

O passeio guiado na vinícola não inclui uma visita aos vinhedos, ficando restrito apenas ao processo de produção e à loja. Mas como a estrada de acesso à sede da empresa passa pelo meio da plantação, o visitante pode parar no meio do caminho para tirar algumas fotos. A tela branca que cobre a plantação é para protege-la do granizo, que costuma cair com frequência na região.

No geral, eu gostei da visita à Villa Francioni e recomendo. Achei a atração mais interessante de São Joaquim. Algumas coisas poderiam ser melhoradas, como, por exemplo, o número de visitantes em cada grupo que é muito grande. No meu horário tinha aproximadamente 60 pessoas. Isso torna a visita mais demorada, pois é preciso esperar todo mundo se deslocar de um ambiente para o outro para continuar as explicações, sem falar na maior quantidade de taças para servir na degustação. Além disso, a parte do vídeo institucional é meio desnecessária e a etapa de degustação poderia ser repensada, para torna-la mais ágil e prática.

ONDE FICAR NA SERRA CATARINENSE

Nas minhas viagens a Serra Catarinense fiquei hospedado em Urubici, sendo duas vezes no Serra Bella Hospedaria Rural, o meu preferido, e uma vez na Pousada Trinca Ferro, onde também tive uma boa experiência.

Para ler o meu relato da estadia nestes dois locais, acesse os posts:
Dica de hotel em Urubici – Serra Bela Hospedaria Rural
Pousada Trinca Ferro: dica de hospedagem na Serra Catarinense

Entre os preferidos dos leitores do blog em Urubici estão as pousadas Aconchego, Recanto da Serra, Café Mel, Pica Pau, Arco Íris, além da Café e Cabanas Lenha no Fogo e a Casa de Campo Kiriri-Etê.  Em São Joaquim, a preferência vai para a Pousada Serra Catarinense. E em Bom Jardim da Serra, os destaques ficam para a Fazenda Santa Rita e a Pousada Rural Vista Alegre, além do Hotel Fazenda Rota dos Cânions.

Se você deseja conhecer outras opções de hospedagem na Serra Catarinense veja as sugestões do blog no post “Onde ficar na Serra Catarinense: dicas de hotéis“.

Para finalizar o post, veja no mapa a localização da vinícola.

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– Roteiro de 3 dias na Serra Catarinense
– Um dia em Urubici
– Um dia em São Joaquim

Hospedagem:
– Onde ficar na Serra Catarinense: dicas de hotéis
– Serra Bela Hospedaria Rural
– Pousada Trinca Ferro

Urubici:
– Como visitar o Morro da Igreja
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– Serra do Corvo Branco e Gruta Nossa Senhora de Lourdes
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– Neve em Urubici e São Joaquim

São Joaquim:
– Vinícola Villa Francioni
– Belvedere e o Mirante das Araucárias
– Exponeve e a Estação Experimental da Epagri
– Onde comer em São Joaquim e Bom Jardim da Serra

Bom Jardim da Serra:
– Serra do Rio do Rastro: o Mirante e a Estrada

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– Morro das Antenas e a Cascata que Congela

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– Roteiro de 3 dias em Floripa
– Roteiro de 4 dias em Balneário Camboriú
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