No terceiro dia de passeios da minha viagem a Mendoza aconteceu o que ninguém deseja presenciar durante uma viagem, muita chuva. Nesse dia a programação prevista era toda ao ar livre, iniciando com uma visita à Reserva Natural Villavicencio. São Pedro não colaborou e a chuva apertou bem na parte mais interessante do paseio. Veja neste post como foi a visita, mas não repare na qualidade das fotos, que ficou muito prejudicada com o dia cinza.
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O passeio até a Reserva Natural Villavicencio foi feito com um guia que eu contratei da agência Nossa Mendoza, sobre a qual dou mais detalhes no post “Dica de agência em Mendoza com guias que falam português“. Esta reserva ocupa um grande território montanhoso com cerca de 70 mil hectares e está localizada a pouco mais de 50 quilômetros a noroeste do centro de Mendoza. O caminho é pela Ruta Provincial 52, que antigamente era chamada de Ruta Nacional 7 e servia de ligação entre a Argentina e o Chile. Com a abertura de uma nova rodovia entre os dois países ao sul da cidade, a estrada perdeu sua utilidade e ficou completamente abandonada.
A Ruta Provincial 52 é uma continuação da Av. General San Martín, uma longa avenida que atravessa a cidade de Mendoza. Ao sair da área urbana a paisagem se torna desértica, com vegetação típica de climas áridos, e a estrada possui uma reta imensa, com cerca de 15 km de extensão.
As únicas construções existentes neste longo trecho sem curvas são uma fábrica de cimento e a unidade engarrafadora da água mineral Villavicencio, uma das águas mais conhecidas na Argentina, cuja fonte se encontra na Reserva Natural que originou o seu nome. Durante o trajeto, meio monótono por causa da paisagem e ausência de curvas, cruzamos apenas com uns quatro ou cinco veículos, o que é um pouco assustador. Esta área já faz parte da Reserva Natural Villavicencio e há uma placa na beira da estrada indicando o início do território da reserva.
No meio do caminho há uma espécie de portal com pedras pintadas de branco, que são ruínas do Monumento Histórico de Canota, construído em 1935 em homenagem ao General San Martín, pois foi neste local que ele, em 1817, tomou a decisão de separar em duas partes seu exército de 5 mil homens para cruzar os Andes rumo ao território chileno. Metade do exército seguiu com o General San Martín por um caminho e a outra metade partiu como General Las Heras por outro caminho para cruzar a cordilheira.
Pouco depois deste monumento termina a grande reta e a estrada, que se torna mais estreita e com um pavimento um pouco mais precário, começa seu caminho sinuoso rumo às montanhas da pré-Cordilheira. Este caminho, que antigamente era a única ligação entre Mendoza e Santiago, é popularmente conhecido como estrada das 365 curvas ou Camino de Las 365 Curvas.
Depois de mais alguns quilômetros de curvas, já subindo as montanhas, a primeira parada foi no centro de atenção aos visitantes da Reserva Natural Villavicencio, onde também fica a casa de repouso dos guardas florestais que cuidam da área. Uma das casas possui vários painéis educativos, com informações sobre a fauna e a flora local.
No local também há um mapa da reserva indicando seus principais pontos de interesse.
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Na área externa há um jardim de cactus e um espaço com exposição de diferentes tipos de pedras e fósseis encontrados na região. O cenário montanhoso, que deveria ser muito bonito, ficou completamente prejudicado pela grande quantidade de nuvens. Até então a chuva não tinha começado, mas foi só pisarmos neste local que ela começou a cair aos poucos a ponto de interromper nossa caminhada pela área.
Como a chuva apertou, voltamos para o carro e continuamos rumo ao Hotel Termas Villavicencio, que deveria ter sido uma das partes mais interessantes do passeio, se não fosse o mau tempo.
Este hotel desativado foi construído em 1940 e durante muito tempo funcionou como um centro de SPA de Águas Termais, atraindo visitantes do mundo inteiro. Era considerado um ambiente muito chique e encontrava-se a poucos metros da estrada que ligava a Argentina ao Chile, por isso estava sempre muito bem frequentado. As atividades foram encerradas em 1978, logo após a abertura da nova ligação entre os dois países.
O edifício do hotel permanece intacto, mas a visita é restrita ao seu jardim e áreas ao ar livre. Não é possível visitar os salões e quartos, mas dizem que muitos ambientes permanecem intactos, com suas mobílias originais. Muito já se falou sobre uma possível reabertura do hotel, mas segundo nosso guia, todas elas fracassaram. O plano atual é transformá-lo num museu, restaurando alguns ambientes internos para permitir a visitação, mas ainda não se sabe se isto realmente ocorrerá.
Com a chuva, as explicações do passeio guiado que deveriam ser no jardim com uma bela vista para as montanhas acabaram acontecendo num espaço embaixo do edifício, onde funcionavam ambientes como a sala de jogos do hotel. Pagamos uma pequena taxa para fazer essa entrada no hotel com uma guia do local, mas não lembro o preço, acho que foi algo em torno de 50 pesos argentinos, pouco mais de 10 reais por pessoa.
Um dos espaços vistados e com entrada permitida é uma igrejinha localizada ao lado do edifício principal.
Nossa guia chegou a nos levar num mirante, com acesso difícil e prejudicado por causa do solo molhado e pedras escorregadias. O esforço não teve nenhuma recompensa por causa da presença de nuvens, mas se fosse um dia de sol certamente o cenário seria bem interessante.
O pessoal do blog Queimando Asfalto teve a sorte de pegar um dia lindo de sol e as fotos deles ficaram ótimas. Pedi uma emprestada para mostrar aqui como teria sido minha vista se eu tivesse um pouco mais de sorte.
No final da minha visita ao hotel ainda foi possível provar a água direto da fonte, a partir de uma mangueira jorrando água termal natural da reserva. Apesar do frio intenso daquele dia, a água estava bem quentinha.
Ao sairmos do hotel, a proposta era seguir pela estrada sinuosa montanha acima, seguindo mais alguns quilômetros pela antiga rota rumo ao Chile. O nosso guia teve a melhor intenção do mundo e chegou a andar um pequeno trecho, mas a quantidade de pedras e buracos nos fez dar meia volta e desistir do passeio. Até porque com a chuva não daria pra ver muita coisa, então foi melhor voltar para a cidade.
Se o tempo estivesse bom e a estrada em boas condições, teríamos conseguido subir até quase 3.200 metros de altitude e no meio do caminho teríamos paisagens como esta, onde é possível ver um trecho da estrada sinuosa.
No ponto mais alto da estrada há um mirante em que é possível visualizar, a uma longa distância, o famoso Monte Aconcágua, o pico mais alto da Coridlheira dos Andes, com 6.900 metros de altitude. Na fan page do pessoal da Nossa Mendoza encontrei essa foto, tirada no Mirador Aconcágua da Reserva Natural Villavicencio.
Ao retornamos para cidade, o passeio continuou com um city-tour por alguns dos principais pontos turísticos da região central de Mendoza, cujo relato pode ser lido no post “Mendoza: Um passeio nas atrações do Centro da cidade“.
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Olá Diego! Vou para Mendoza em setembro.
O passeio valeu a pena ou foi perda de tempo?
Em um dia ensolarado vale a pena conhecer a reserva natural VILLAVICENCIO?
Atenciosamente,
Renata
Oi Renata, tudo bem? Não é um passeio muito marcante, então não acho essencial. Poderia substituir por uma ou duas vinícolas ou algum outro passeio. Um abraço e boa viagem!
Oi Andrea, o passeio foi feito em carro sim e demorou entre 3 e 4 horas, porque o local é meio distante. Abs!
interessante , bom passeio
Oi Fernando, obrigado pelo comentário.