Na última noite em Salvador fomos ao restaurante Paraíso Tropical, restaurante considerado um dos melhores de Salvador e que já recebeu dezenas de prêmios e indicações em guias nacionais e internacionais. Foi eleito pela Revista Veja como o “Melhor Restaurante de Comida Brasileira/Regional” de 2012 e também como a “Melhor Moqueca de Salvador”.
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O restaurante está localizado no Cabula, um bairro residencial bem distante da orla e fora da zona turística da cidade. Para chegar lá, só com a ajuda do GPS mesmo. A casa fica num sítio enorme, que possui um pomar com mais de 6 mil espécies. É lá que o chef Beto Pimentel cultiva praticamente todos os ingredientes utilizados na preparação dos pratos, incluindo frutas que muita gente nunca ouviu falar, como ouricuri, biri-biri, entre outras. O chef é considerado um alquimista gastronômico, pois ele brinca com a culinária e faz pratos inovadores, misturando ingredientes naturais.
Quem passa pela frente do restaurante mal percebe que ele está ali, mesmo porque ele está numa rua residencial e de pouco fluxo de veículos. A placa é pequena e a entrada está escondida entre várias plantas. Quando se fala em “melhor restaurante”, é comum associarmos a um ambiente moderno e sofisticado. Mas o Paraíso Tropical é bem diferente. O ambiente é simples, decorado com folhas de bananeira e outras plantas. O que faz ele ser especial realmente é a inovação do cardápio e a criatividade do chef.
O cardápio é bem variado, tem tanta opção que fica difícil escolher. De entrada pedimos uma casquinha de siri, que veio acompanhada de farofa de manteiga de garrafa e pimenta.
A outra entrada foi uma salada chamada “duka”, com lâminas de côco verde, manga, ouricuri e biri-biri. Nunca ouvi falar nesses dois últimos, mas o que importa é que a salada estava boa.
As caipiroscas do Paraíso Tropical, ou apenas “roscas”, também são muito famosas e há uma enorme variedade de sabores, com várias frutas típicas. Provei a de tangerina com côco verde e estava excelente, a melhor caipirosca que eu já tomei.
O prato escolhido foi uma moqueca de camarão. Ela é cozida em água de côco verde e temperada com pitanga, biribiri, amora, pimenta de biquinho, folha e fruto de vinagreira, fruto de dendê, lâmina de côco verde, temperos especiais aromáticos e azeite de oliva extra virgem. Diferente, exótica e muito saborosa! Faz jus ao título de melhor moqueca de Salvador.
Os acompanhamentos da moqueca eram aipim cozido, arroz e farofa de dendê.
No final, antes da conta, ainda veio de cortesia um prato cheio de frutas, com abacaxi, melancia, mamão, uma outra fruta que não consegui identificar e até cana de açúcar!
Se você gosta de provar comidas diferentes e está disposto a gastar um pouco mais por uma boa janta (o restaurante é caro!), então o Paraíso Tropical certamente é uma boa opção.
Veja a seguir algumas páginas do cardápio…
Confira no mapa a localização do restaurante Paraíso Tropical.
Paraíso Tropical
Rua Edgar Loureiro, 98-B – Cabula, Salvador/BA
Fone: (71) 3384-7464
Site: www.restauranteparaisotropical.com.br
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Diego a fruta que você não conseguiu identificar é a Jaca. Existem duas variedades. A jaca dura, bem consistente e que parece ser a da foto e a jaca mole, como o nome diz tem uma textura mas mole.
jaca é uma fruta originária do arquipélago malaio, introduzida e difundida no Brasil durante o século XVIII. O fruto é enorme - chega a pesar até 15 kg -, de forma ovalada ou arredondada, e nasce no tronco e nos galhos mais baixos da jaqueira.
Quando madura, tem cor amarelada e superfície áspera com pequenas saliências. Seu interior é formado por vários gomos, sendo que cada gomo contém um grande caroço recoberto por uma polpa cremosa, viscosa e muito aromática.
Pode ser consumida ao natural ou no preparo de doces (em calda, em massa, cristalizado) e de geléia.
A palavra jaca vem do nome hindu chakha.
Um abraço,
João
Oi João, obrigado pelas informações!