Se alguém me pedir uma sugestão de vinícola para visitar a fazer degustação de vinhos em Mendoza, minha primeira indicação certamente vai ser a Pulenta Estate. Das cinco bodegas que visitei, esta foi a que eu mais gostei e foi onde eu tirei algumas das fotos mais bonitas da viagem, num cenário formado pelos vinhedos com as montanhas cobertas de neve ao fundo. Veja neste como o relato da minha visita.
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A Pulenta é uma bodega jovem, criada em 2002, mas que carrega no sangue a tradição da família na vinicultura. Ela pertence aos irmãos Hugo e Eduardo, filhos de Antonio Pulenta, que era um dos donos da Trapiche, uma das maiores vinícolas da Argentina.
A vinícola está localizada em Luján de Cuyo, às margens da Ruta Provincial 86 e a cerca de 45 quilômetros do centro de Mendoza, numa viagem de aproximadamente 40 minutos. Logo na chegada já é possível ter uma noção do visual, pois da rodovia é possível admirar o vulcão Tupungato, na Cordilheira dos Andes. O portão de entrada da bodega é bem simples, com muro baixo e uma placa discreta. No local há um segurança que controla a entrada dos visitantes.
No caminho até do estacionamento até a recepção já foi possível admirar os vinhedos, que estavam bem verdes e repletos de uva, já que a minha visita foi realizada bem na época da colheita, no último dia de fevereiro de 2014.
Quem chega na Pulenta pode até estranhar o tamanho do edifício, uma casa estilosa, porém relativamente pequena, onde os visitantes são recepcionados. Só depois, durante a visita, é que fomos descobrir que todos o setores de produção encontram-se abaixo do nível do solo.
Esta vinícola foi a primeira das cinco vinícolas que conheci em Mendoza. No meu primeiro dia escolhi três bodegas na região de Luján de Cuyo, começando por esta. Depois ainda visitei e almocei na Chandon e por último fui conhecer a Bodega Norton. O relato dessas duas visitas podem ser lidos nos posts:
Mendoza: Degustação de espumantes e almoço na Bodega Chandon
Mendoza: A degustação de vinhos em etapas na Bodega Norton
As visitas na Pulenta são feitas sempre em grupos pequenos, o que é ótimo, pois o clima fica muito mais intimista e com maior interação entre o guia e os visitantes. Os tours podem ser realizados em inglês ou espanhol, é bom verificar o idioma no ato da reserva. Minha visita teve cerca de uma hora de duração e o guia falava em portunhol, pois os quatro visitantes eram brasileiros, então ele fez um esforço para tentar falar nosso idioma.
Há vários tipos de degustações, que diferenciam-se nos vinhos oferecidos, cujos valores por pessoa variam de 70 a 130 pesos argentinos (R$ 17,50 a R$ 32,50). Também há algumas especiais, que podem incluir a experiência sensorial, a degustação de queijos ou ainda a degustação de chocolates com os vinhos. A bodega ainda oferece piqueniques e passeios de bicicleta pelos vinhedos, mediante consulta da disponibilidade. A relação completa dos tipos de degustação, vinhos e preços pode ser solicitada por e-mail para auxiliar na reserva.
A degustação que realizei foi com a experiência sensorial, que inclui quatro taças de vinho, um branco e três tintos, ao custo de 80 pesos (R$ 20,00) por pessoa. Minha visita foi agendada pelo guia particular que contratei para fazer os meus passeios em Mendoza, indicado no post “Dica de agência em Mendoza com guias que falam português“. Quem vai fazer a visita na Pulenta por conta própria e quer saber mais informações, o e-mail de contato da vinícola é [email protected] e o site oficial é pulentaestate.com.
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A visita começou com algumas explicações iniciais do nosso guia na varanda da bodega, com vista para os vinhedos. Ali provamos uma taça do Pulenta Sauvignon Blanc 2013.
O Sauvignon Blanc é um dos vinhos mais famosos da Pulenta e foi uma ótima escolha para iniciar nossa jornada de degustações em Mendoza.
O visual de onde estávamos nessa primeira degustação era incrível, com vista para os vinhedos da Pulenta e com o vulcão Tupungato e as montanhas da Cordilheira dos Andes cobertas de neve ao fundo. Nessa hora o tempo ainda estava encoberto com algumas nuvens, mas depois o céu limpou e o cenário ficou perfeito, como pode ser visto nas fotos do final deste post.
Após a degustação do vinho branco fizemos nosso tour pelo setor de produção da Pulenta começando pela área onde estão os tanques de fermentação, a primeira etapa do processo de fabricação dos vinhos. Há tanques de concreto, de madeira e de aço inoxidável e todos eles possuem uma etiqueta identificando a uva, a safra e a data em que o tanque foi abastecido.
O guia nos forneceu informações sobre o processo de produção dos vinhos, que acabou se repetindo nas outras vinícolas, mas sempre há alguns pequenos detalhes que diferenciam umas das outras.
A visita também passou pela cava (adega) da Pulenta, onde os vinhos estão repousando em barris de carvalho antes de serem engarrafados.
Neste local também há várias garrafas em repouso de safras anteriores, como estas de 2010.
No centro da adega há uma sala de degustações bem estilosa, com iluminação natural através de um vidro no teto, mas não foi nela que minhas degustações aconteceram.
Os donos da vinícola também são apaixonados por veículos e no interior da Bodega é possível encontrar o motor de um carro de Fórmula 1 e também de um Porsche. Falando nisso, a Pulenta é o vinho oficial da Porsche, oferecido nos eventos realizados pela montadora pelo mundo. Inclusive há um vinho especial com a marca Porsche no rótulo e que está a venda na loja da bodega. A família Pulenta possui a concessão da marca Porsche na região de Mendoza, com direito a uma loja para vender os carrões junto ao Palmares Open Mall, onde também há uma loja da vinícola.
No final do tour pela produção, subimos uma escada e fomos parar diretamente na recepção. Passamos em frente ao laboratório, onde havia duas funcionárias trabalhando, mas não tivemos maiores detalhes sobre o que elas estavam fazendo.
Antes da degustação dos vinhos tinto foi realizada a experiência sensorial, uma atividade muito bacana que eu nunca tinha feito em outras vinícolas que já visitei. O principal objetivo dela é estimular nosso sentido do olfato, identificando diferentes tipos de aromas, para depois conseguir identificar com mais facilidade os aromas dos vinhos.
Tivemos que ficar de olhos fechados o tempo todo e o guia nos trouxe várias taças com diferentes ingredientes dentro, para que tentássemos descobrir o que havia na taça. A cada rodada ele ia trocando a taça, fazendo um rodízio para que todos pudessem tentar adivinhar cada um dos ingredientes, tais como canela, côco, pimenta, café, maçã, geléia de morango, manteiga e até grama.
Depois dessa atividade aconteceu a degustação de três vinhos tintos da Pulenta: um Merlot 2008, um Gran Pinot Noir 2011 e um Gran Corte 2010, este último uma mistura das uvas Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Tannat.
Entre um vinho e outro o guia nos dava mais detalhes sobre a bebida que estava sendo provada, com todas as suas características de aroma e sabor.
No final ainda pudemos provar o azeite de oliva La Flor, produzido também pela Pulenta Estate. O azeite não faz parte da degustação dos vinhos e estava no balcão da recepção à disposição de qualquer pessoa.
Demos uma olhada nos preços dos vinhos na loja da bodega, mas acabamos não comprando nada. Esqueci de tirar uma foto da tabela de preços para poder mostrar aqui no blog e já não lembro mais dos valores dos vinhos à venda.
Pouco antes de ir embora da Pulenta aproveitei que o céu estava limpo e que as nuvens tinham sumido para tirar algumas das melhores fotos da minha viagem a Mendoza. Tive muita sorte de pegar as montanhas cobertas de neve em pleno verão. Esse cenário não é comum nessa época do ano, mas havia chovido muito alguns dias antes da minha viagem e acabou acumulando neve no topo da Cordilheira dos Andes. Dias depois também vi bastante neve no meu passeio nas montanhas quando visitei o monumento Cristo Redentor de Los Andes, cujo relato pode ser lido no post “Visita ao Cristo Redentor de Los Andes, na fronteira da Argentina com o Chile“.
Você já visitou a Pulenta Estate? Como foi a sua experiência?
Deixe o seu relato no final deste post.
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Oi Carla, você pode visita-la com o auxílio de uma agência local.
Eu recomendo a Nossa Mendoza, sobre a qual dou mais detalhes neste link:
https://www.meusroteirosdeviagem.com/2014/03/agencia-nossa-mendoza.html
Abraço!
Muito obrigado, um abraço!
Diego, boa tarde!
Estarei indo a Mendoza em setembro e tenho dois dias para visitar as bodegas, estou com uma dúvida, em reservar um dia para cada região entre Lujan de Cuyo e outro Valle de Uco, ou seria melhor e mais proveitoso visitar os dois dias em Lujan de Cuyo, considerando o custo das visitas com transporte.
Oi Nilo, acho que vale a pena um dia em cada região. O Valle de Uco tem vinícolas muito interessantes, tipo a Salentein. Depois volte para deixar suas impressões da viagem aqui no blog. Um abraço e bom passeio!
Oi Diego, você sabe se o almoço na Pulenta é bom? Estou na dúvida se almoço na Chandon ou lá!
Adorei o relato e já inclui a Pulenta no meu roteiro!
Bjs
Oi Juliana, obrigado pela mensagem. Realmente não sei te dizer como é o almoço na Pulenta. Na Chandon eu gostei muito e recomendo! Caso não tenha visto publiquei um relato sobre ele neste post:
https://www.meusroteirosdeviagem.com/2014/04/bodegas-chandon-mendoza.html
Se decidir pela Pulenta, depois me diga como foi. Um abraço e boa viagem!
Boa tarde Diego,
Suas dicas de mendoza e santiago estão me ajudando bastante. Parabéns pelo blog.
Estou na dúvida sobre a concha y toro e a pulenta. Se fosse escolher uma das duas quais escolheria?
Vou fazer uma viagem em julho com destino a santiago e mendoza e dps do seu relato fiquei muito na dúvida.
Em mendoza vou visitar a chandon. Ai queria uma vínicula para aproveitar que já estarei na região…mas agora fiquei na dúvida se nesta ou concha y toro.
Obrigada
Oi Joyce, muito obrigado pela msg. Na dúvida visite as duas, rs. São bem diferentes uma da outra. A Concha y Toro tem maiores proporções e uma visita mais longa e informativa. A Pulenta é mais calma, em menores proporções… ela é perto da Chandon, vale visitar as duas no mesmo dia. Um abraço!
Entre a Concha y Toro e a Pulenta? Essa sua dúvida é estranha, pois uma é em Santiago e a outra em Mendoza. Ainda não conheço Mendoza mas, em Santiago, a Concha y Toro é uma das piores a serem visitadas. Visita padrão para turistas, com pouquíssimas informações e muita conversa fiada. Prefira a Undurraga, sem a pompa toda, mas uma vinícola com uma visita muito mais proveitosa.
Obrigado pelo comentário, Fernando.
boa tarde Diego, gostamos muito do seu blog, fotos e comentários da vinicola Pulenta Estate.
para quem quer visitar Pulenta Esate, sugiro realizar reserva previa, a visita pode ser em Espanhol, Inglês e Português
muito obrigada
Olá Emiliana, muito obrigado pela mensagem e pela contribuição. Um abraço!
Obrigada por salvar minha vida! rs
Decidi incluir Mendoza no meu roteiro de viagem e tava meio perdida em relação a preços, quais vinícolas visitar,… Esses seus posts sobre Mendoza são os mais atualizados, mais detalhados e mais legais que eu li!
Muito obrigada!
As suas fotos ficaram MARA.
Oi Fernanda, agradeço seu comentário. Um abraço!!
Caro Diego,
Estando em Mendoza, consigo as visitas às Bodegas na recepção dos hoteis?
Parabens pelo Blog.
Abraços,
Luiz Roberto
Oi Luiz, obrigado. Não sei te dizer se consegue as visitas com o hotel… recomendo enviar um email para o hotel que você pretende ficar para saber se eles prestam esse tipo de serviço. Abs!
Li tudo a respeito! Vou pra Mendoza em julho com muito mais informes do que antes! Não vejo a hora desse dia chegar! Adorei as dicas! Muito obrigada!
abçs
Oi Marcia, agradeço seu comentário. Nos próximos dias vou publicar um roteiro em Mendoza, acho que você vai gostar. Abraço!
Diego, bom dia!! Linda mesmo a Bodega Pulenta. Quando estivemos por lá fomos na Família Zuccardi e na Salentein mas a Pulenta, pelos relatos e fotos, com certeza estará no roteiro da nossa próxima incursão.. Abraço!!!
Obrigaod, Sérgio… um abraço!