No meu primeiro dia de passeios em Mendoza visitei três vinícolas em Luján de Cuyo. A terceira e última neste dia foi a Bodega Norton, uma das maiores e mais antigas vinícolas da região, com produção em grande escala e distribuição em vários países. Após ter lido muitos comentários positivos a respeito da bodega, fui com uma boa expectativa e acabei me decepcionando um pouco. Das cinco que visitei nesta viagem, foi a que eu menos gostei. Neste post relato o meu passeio com degustação de vinhos, destacando os pontos positivos e negativos da visita.
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A Bodega Norton foi fundada em 1895 e é uma das vinícolas mais antigas de Mendoza. Possui uma das maiores propriedades da região e produz vinhos e espumantes da linha Norton, além dos vinhos Gernot Langes, Lo Tengo, Vistaflor e espumante Mini. Exporta seus vinhos para vários países e o Brasil é o seu principal mercado no exterior. Foi adquirida em 1989 pela família austríaca Swarovski, a mesma dos famosos e cobiçados cristais.
A vinícola oferece uma visita guiada com degustação de vinhos chamada Cresciendo Junto Al Vino (crescendo junto ao vinho), que permite acompanhar a evolução de um vinho Malbec através de degustações em diferentes etapas do processo de produção. Esta possibilidade de degustar um vinho direito do tanque ou do barril, antes de ser engarrafado, foi um dos fatores que me atraiu para conhecer esta vinícola, pois até então eu nunca tinha feito isto em outras que visitei.
A visita tem um custo de 40 pesos argentinos (R$ 10,00) por pessoa, uma duração aproximada de uma hora e acontece nos seguintes horários: 09:30h, 10:30h, 12:00h, 15:00h e 16:30h. A reserva deve ser através de um contato feito pelo site da bodega, no link reservas y consultas. Como eu fui até a Norton com um guia contratado, indicado no post “Dica de agência em Mendoza com guias que falam português“, não precisei fazer a minha reserva, pois ele providenciou tudo para mim.
A minha visita ocorreu no último horário, às 16:30h, depois de eu já ter visitado outras duas vinícolas: a Pulenta, a primeira do dia; e a Chandon, a segunda, onde almocei. Visitar uma terceira vinícola depois do almoço talvez tenha sido um grande erro meu, pois fazer degustações “de barriga cheia” não foi muito proveitoso. O correto teria sido visitar a Norton antes de almoçar na Chandon.
Quando chegamos na Bodega Norton, o porteiro conferiu os nomes na lista de reservas e liberou a nossa entrada na propriedade. Pegamos uma estradinha por entre os vinhedos até chegar ao estacionamento da visitação. No caminho a pé até a bodega passamos por vinhedos que estavam repletos de uvas, prontas para a colheita.
A visita tem início nos fundos do edifício, num salão com vista panorâmica para os vinhedos da Norton.
Este salão tem um bar, que é o ponto de partida da visita. Enquanto aguardamos o início do passeio, a guia nos ofereceu uma taça de Espumante Norton Brut-Rosé
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O tour que participei tinha cerca de 15 pessoas, sendo onze argentinos e quatro brasileiros. A guia era uma garota argentina que falava um espanhol muito rápido, difícil de entender. E mesmo sabendo da presença de brasileiros, ela não fez o mínimo esforço de falar devagar ou arriscar um portunhol em determinados momentos. Esse foi um dos pontos negativos da visita. Eu até entendo espanhol, mas ela falava tão rápido que não dava pra entender quase nada e não prendeu minha atenção, por isso não tomei nota de quase nada que ela falou.
As primeiras explicações aconteceram na varanda do bar, com vista para os vinhedos, onde ela contou um pouco da história da vinícola. Em seguida entramos na produção e a primeira parada foi na sala de fermentação com grandes tanques de aço inoxidável, onde aconteceu a primeira degustação.
A guia escolheu um dos tanques de Malbec para provarmos o vinho na sua primeira etapa do processo de produção. O tanque tem uma “torneirinha”, onde ela encheu as nossas taças. Neste momento em que está fermentando em um tanque de aço inoxidável o vinho ainda é considerado um “vinho jovem”, mas apesar disso ele tem um sabor muito mais forte do que eu poderia imaginar. Não sei descrever os vinhos com suas características apropriadas, por isso não vou poder entrar tanto em detalhes.
Cada tanque está identificado com o tipo de uva, a safra e a data da colheita. Este era um Malbec 2013, colhido em 04 de fevereiro de 2014, três semanas antes da minha visita.
Além dos tanques de inox a bodega também tem alguns tanques de concreto e uns poucos de madeira.
A segunda degustação de Malbec aconteceu na cava (adega) da bodega, onde provamos um vinho que estava repousando em um barril de carvalho, considerado um “vinho em processo de envelhecimento”. Foi possível perceber uma grande diferença no sabor em relação ao vinho do tanque de inox, com aquele toque de madeira mais marcante.
A cava da Norton não é tão bonita ou sofisticada quanto a das outras bodegas, talvez por ser um edifício muito antigo. Numa sala fechada e com um portão cadeado estão repousando garrafas enpoeiradas de safras muito antigas, algumas delas com mais de 30 anos.
Paramos para explicação num ambiente onde estão à mostra todos os tipos de garrafas utilizados pela Bodega Norton em seus diversos vinhos e espumantes. Também conhecemos os tipos de rolhas utilizados, os moldes das garrafas, máquinas utilizadas antigamente para produzir o vinho e outros objetos utilizados no processo de produção.
É neste ambiente que ocorre a terceira e última degustação de Malbec, com o vinho engarrafado e pronto para a venda.
A visita guiada termina na loja/bar da Bodega Norton, onde acontece a última degustação. O vinho final é um Rosé Colheita Tardia, um vinho naturalmente adocicado e que tem esse nome pois é produzido com as últimas uvas colhidas de cada safra. Essas uvas acabam tendo um maior teor de açúcar, por isso o vinho é bem suave e fácil de beber. Caiu muito bem depois de degustar três Malbecs intensos.
No final da visita guiada os visitantes podem comprar qualquer rótulo disponível na loja com 20% de desconto sobre o preço de tabela. Os vinhos na “loja de fábrica” já tem um bom preço e com esse desconto ficam mais atrativos ainda.
O vinho Norton DOC, o mais caro deles, custava 75 pesos argentinos (R$ 18,75), mas com desconto de 20% para quem realizou a visita guiada ele saía por apenas 60 pesos (R$15,00). Aqui no Brasil encontrei este mesmo vinho em algumas lojas virtuais por R$ 45,00, ou seja, o triplo do preço na bodega. O vinho mais barato era o Norton Clássico (Branco ou Tinto), que com o desconto custava apenas 22 pesos argentinos (R$ 5,50).
Quem gosta de Malbec provavelmente vai gostar da visita na Bodega Norton. Talvez eu não tenha tido tanta sorte com a minha guia, que falava tão rápido que não prendia nossa atenção, o que acabou não me agradando. O fato de eu ter visitado depois do almoço também pesou contra, pois eu já não estava com tanta disposição para degustar vinhos e particularmente não gostei muito dos três vinhos tintos degustados. Entre os pontos positivos eu destaco a grandeza da vinícola com grandes e belos vinhedos, a oportunidade de degustar o vinho em diferentes estágios, algo que a maioria das outras não oferece, e também os bons preços da loja, que com o desconto de 20% ficam ainda mais atrativos.
Você já visitou a Bodega Norton? O que achou da vinícola?
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Estive me Mendoza em 09/2014 e fui à Norton. Fomos recebidos pela mesma guia.
Hoje ela fala o português perfeitamente, fomos muito bem recebidos por ela. Uma das melhores
visitas.
Que legal Jeane, muito obrigado pelo comentário. Um abraço!